As redes sociais são importantes ferramentas para advogados que querem criar uma imagem digital, ampliar a rede de contato e atingir novos públicos, além de atrair novos potenciais clientes. Porém devem ser usadas com responsabilidade e sabedoria para obter resultados positivos e evitar situações desconfortáveis ou até mesmo problemas.
Posicionamentos ou abordagens feitas de forma equivocada podem render manchas à imagem que está sendo construída pelo advogado nas redes sociais. A adoção de estratégias e objetivos ajudam a nortear as ações e resultados esperados e consequentemente, evitar embaraços.
Listamos oito dos principais erros cometidos por advogados nas redes sociais e que podem e devem ser evitados. Ter conhecimento sobre o assunto antes que criar perfis em várias redes sociais ajuda a se antecipar as dificuldades e erros. Confira.
1. Não conhecer o Código de Ética
Antes de iniciar uma jornada nas redes sociais o advogado deve saber exatamente o que determina a legislação da Ordem dos Advogados do Brasil sobre o assunto, visto que o Código de Ética proíbe ações exclusivas de venda de serviços, chamadas mercantilistas. Ao profissional é vedado fazer publicidade de seu trabalho com o objetivo de vender mais, bem como produzir panfletos ou aparecer em jornais, rádios e TV sem que seja para informar.
O Código de Ética esclarece que o profissional pode falar sobre seu trabalho desde que tenha como finalidade informar sobre o assunto em questão. Por exemplo, é proibido anunciar os serviços do escritório em veículos de comunicação, mas o profissional pode dar entrevistas explicando sobre temas de sua especialidade ou pertinentes ao Direito.
2. Usar a conta pessoal
Erro muito comum cometido por advogados nas redes sociais é usar a conta pessoal para divulgar conteúdos profissionais. Algumas pessoas consideram, equivocadamente, que seja interessante aproveitar os seguidores da conta pessoal, porém são contatos com quem o advogado não tem uma relação profissional, logo não são engajados com o assunto.
Sem contar que um perfil pessoal pode reunir fotos de situações íntimas e as vezes constrangedoras, como festas que envolvem álcool ou outras que não devem ser levadas aos seguidores profissionais. Um perfil profissional do advogado nas redes sociais deve reunir informações específicas e ajudar a criar uma imagem e não o contrário.
3. Esquecer seus perfis
O advogado pode escolher ter perfis em várias redes sociais, desde que tenha tempo e conteúdo para atualizá-los com frequência. Uma boa gestão das redes sociais é feita com planejamento, relatório e análise dos números periodicamente. Quem não se planeja acaba abandonando o perfil, com vários dias sem nenhuma postagem.
Além de não interagir com o público, esquecer o perfil por longos períodos faz com que o alcance dele seja menor quando for feita uma nova postagem. É uma estratégia de alcance das plataformas para valorizar perfis com maior taxa de engajamento e pagantes.
4. Praticar overposting
Equilíbrio é tudo e essa máxima não deve ser descartada por advogados nas redes sociais. Ao mesmo tempo que esquecer de atualizar as contas é negativo, pesar a mão no número de postagens pode cansar os seguidores. O critério de relevância pode ser usado para nortear as decisões neste item, avaliando se aquela postagem tem importância para o seu público antes de ir ao ar.
Praticar o overposting, que significa fazer posts muito extensos, pode influenciar pessoas a descurtir a página ou deixar de segui-la por se cansarem de tanta informação e/ou não se identificarem com o conteúdo exibido pelo escritório de advocacia nas redes sociais. É geralmente assim que as contas perdem seguidores e espaço na internet.
5. Deixar potenciais clientes no vácuo
Rede social é contato e interação com o público. Um erro primário cometido por muitos que se aventuram nas plataformas está justamente em não interagir com os seguidores ou pior, deixá-los sem resposta. Ao ingressar em uma rede social o advogado precisa saber que será necessário dedicar um tempo para responder as interações, com atenção e responsabilidade.
As plataformas podem ajudar a converter seguidores em clientes, mas esta é uma relação criada e alimentada com dedicação. O contato surge nas curtidas, comentários ou directs e são bons indicativos quanto o alcance e relevância da página.
6. Expor seus clientes
Não exponha seus clientes ou casos sem que haja autorização e cuidado na postagem feitas nas redes sociais de advogados. Informações repassadas de forma equivocada podem constranger e gerar problemas éticos. Atenção é primordial ao cogitar falar de algum caso resolvido, ou mesmo uma causa emblemática.
7. Atenção ao português
O advogado é um profissional conhecido por deter conhecimento e facilidade na fala e escrita. Erros de português nas redes sociais são uma mancha na imagem do profissional que está tentando se fortalecer digitalmente ou atrair novos clientes. Esse tipo de erro é inaceitável nas redes sociais e exige cuidado e atenção para ser evitado.
8. Postar qualquer coisa
A produção de conteúdo e o segredo de sucesso para as redes sociais de advogados. Permitido pelo Código de Ética e com alto potencial para atração e conversão, ganha visibilidade nas plataformas quem consegue gerar conteúdos atuais, relevantes e com os quais o público se identifique.
Mas além de tudo o que já sabemos sobre os erros mais cometidos nas redes sociais, a questão ética deve participar de todo o processo produtivo do advogado nas plataformas. É um trabalho que exige responsabilidade e empenho do profissional para atingir seus objetivos.
Uma alternativa para quem não quer correr o risco de errar é contratar um especialista para auxiliar na produção, gestão e avaliação das redes sociais do advogado. Profissionais ou empresas do ramo podem ser uma boa alternativa para quem quer ingressar e criar relevância na internet.