7 erros no Marketing Jurídico para Advogados

Vitor Garcia 8 min de leitura

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Vamos falar sobre os 7 principais erros no Marketing Jurídico que todo advogado deve evitar, e como evitar eles.

Esses erros foram listados com base no que nós observamos diariamente, ao analisar estratégias de advogados de várias partes do Brasil.

Então, para que você não cometa os mesmos erros e tenha sucesso no marketing do seu escritório, fique atento neste conteúdo!

Erro n°1: não compreender corretamente o código de ética da OAB e o Provimento vigente sobre publicidade

Por não compreender as limitações do código de ética e do provimento vigente, alguns advogados acabam passando dos limites, fazendo enormes placas coloridas na fachada do escritório, vídeo institucional que mais parece uma propaganda das Casas Bahia, carro de som na rua e várias outras ações que infringem e muito o código.

Já outros advogados, por medo de fazer algo errado, praticamente se escondem. E o pior, criticam aqueles que desenvolvem algum tipo de ação de Marketing Jurídico. 

Já vimos advogados criticando colegas que estão desenvolvendo determinadas ações totalmente legais, justamente por acreditarem que aquelas ações iriam contra o código.

Mas além de compreender corretamente o código de ética da OAB e o provimento vigente, é necessário saber se o TED da sua seccional restringe o uso de alguma ferramenta ou de alguma ação de marketing jurídico específica. Por exemplo, existem alguns TEDs que na data de publicação deste conteúdo, não permitem o uso do Google Ads ou de impulsionamento em redes sociais.

Então, para não cometer nenhum deslize ou deixar de criar alguma estratégia por acreditar que é proibido, procure se informar na sua seccional.

Erro n° 2: não conhecer a persona

Como você vai desenvolver uma estratégia de marketing jurídico sem conhece a sua persona? 

Ter descrito a sua persona mesmo que de forma simples, vai te ajudar a ter uma compreensão melhor de qual caminho você deve seguir, e tipo de comunicação que você deve usar.

Vamos dizer que você é um especialista ou uma especialista em aposentadoria, e sabe que a sua persona tem uma média de idade superior a 50 anos e é da classe C. Com essas informações já temos uma ideia de como será a comunicação com essa persona. 

A forma como vamos transmitir a informação para ela, terá que ser o mais simples possível, porque normalmente essa persona está começando a utilizar a internet, e tem mais facilidade com ferramentas como Whatsapp e Facebook. Então você vai ter que utilizar recursos como post no Facebook, comunicação por WhatsApp e videos no Youtube. Textos em blog poderiam até ser utilizados se fossem curtos e simples de entender.

Veja que conhecer a persona vai muito além de saber apenas a idade, sexo e os problemas. Você também tem que conhecer os hábitos e os costumes dela.

Erro n° 3: não saber onde sua persona está

Muitos advogados conhecem muito bem a sua persona, mas acabam errando aqui, na hora de distribuir o conteúdo. Não sabem onde a sua persona está e vai na onda de outros advogados, que muitas vezes estão fazendo errado também. 

Vemos com frequência vários advogados criando excelentes conteúdos no Instagram, que na maioria das vezes estão sendo curtidos e comentados apenas por outros advogados. E não ache que o mesmo não acontece em outros canais não, porque acontece.

Então antes de sair criando conteúdo em qualquer rede social, pesquise e analise o cenário. Veja o que outros colegas estão fazendo e principalmente quem está curtindo e comentando os conteúdos. 

Se os conteúdos tiverem interações apenas de outros advogados, talvez esse seja um sinal de que o canal utilizado por ele não é o mais adequado, a não ser que o cliente dele seja realmente outros advogados.

Além disso, procure se informar através de pesquisas que trazem informações demográficas sobre o uso da internet e redes sociais no Brasil.

Erro n° 4: achar que marketing jurídico é fazer post no Instagram

O Instagram se tornou uma das principais ferramentas de marketing digital, mas muitas pessoas acabam utilizando ela de forma errada. E quando falamos de marketing jurídico, o mesmo acontece.

Existem muitas pessoas hoje falando sobre marketing jurídico. E na maioria das vezes essas pessoas produzem excelentes conteúdos, mas muitos acabam cometendo o mesmo erro: induzem advogados a produzir conteúdos para o Instagram, como se esse fosse o único meio de prospectar clientes, o que não é verdade.

E isso acontece não pela falta de conhecimento sobre marketing jurídico, mas pela falta de conhecimento em marketing e principalmente marketing digital.

Enquanto você está colocando todas as suas fichas no Instagram, os advogados que já entenderam as regras do jogo estão nadando de braçada.

Então, antes de sair criando conteúdos no Instagram, procure conhecer mais sobre Marketing e principalmente Marketing Digital. Depois tente ver o que é possível ser aplicado ao direito por conta das limitações do código de ética e do provimento vigente sobre publicidade, e é claro, sem esquecer de ver se existe algum impedimento no TED da sua seccional.

O Instagram é apenas uma pequena fração de tudo que pode ser feito dentro do marketing jurídico.

Erro n° 5: não ter um site

Se você tem o mínimo de conhecimento sobre marketing e principalmente marketing digital, já deve saber que o site é uma das peças mais importantes de qualquer estratégia, correto?

Então, já ouvimos de um especialista em marketing jurídico dizer em uma live: “é melhor ter um perfil no Instagram do que ter um site, porque ninguém entra todo dia no site de um advogado, mas entra todo dia no Instagram”.

Veja como a falta de conhecimento sobre marketing digital induziu esse “especialista” ao erro. É necessário que você tenha um site, para as pessoas que estão procurando por um advogado próximo, encontrem seu escritório e conheçam mais sobre suas especialidades e tenham outras informações como currículo, endereço e formas de contato.

Além disso, o site é essencial para qualquer estratégia de marketing de conteúdo. Onde você vai produzir conteúdos baseados nas dores e problemas dos sua persona. Porque quando uma pessoa faz uma pesquisa no Google, por problemas como “isenção de imposto de renda para servidor público”, vai aparecer o site de um advogado, e não aquele post maravilhoso que você fez na rede social.

Então o objetivo de ter um site, não é para que as pessoas fiquem entrando todos os dias e consumindo seu conteúdo, é para que as pessoas te encontrem quando buscarem por um advogado próximo ou por um problema que você possa resolver.

Erro n° 6: produzir conteúdo no Jusbrasil e não no site do escritório 

Sempre eu estou vendo conteúdos sobre marketing jurídico na internet, e por conta disso eu já vi várias pérolas como: “é melhor publicar conteúdos no Jusbrasil do que no site do escritório, porque o Jusbrasil é mais conhecido, por isso o conteúdo dele sempre vai aparecer primeiro”. Será?

O Jusbrasil com certeza é um dos maiores sites jurídicos do Brasil, mas isso não significa muita coisa, porque a autoridade de domínio (Domain Authority – DA) é apenas um dos fatores que vão determinar o posicionamento do seu conteúdo na busca do Google. Então criar conteúdos no Jusbrasil não é garantia de nada. 

Ao criar conteúdos no seu site, você vai fortalecer a sua marca nos buscadores, além de ter o domínio total da ferramenta. O que não acontece no Jusbrasil.

Então produza o máximo de conteúdos dentro do seu site e busque conhecimento sobre SEO e Marketing de conteúdo.

Erro n° 7: não conhecer a jornada do cliente 

Se você ainda não sabe, a jornada do cliente é o caminho que seu cliente percorre até o fechamento do contrato. E essa jornada costuma ser dividida em quatro etapas: aprendizado e descoberta, reconhecimento do problema, consideração da solução e decisão de compra.

E para que você tenha sucesso nas suas estratégias de marketing jurídico, os seus objetivos devem ser moldados com base nessas etapas. 

Por exemplo, se você precisa aumentar a sua carteira de clientes o mais rápido possível, você precisa colocar em prática uma estratégia de curto prazo. 

E o que seria uma estratégia de curto prazo? A estratégia de curto prazo seria focar nas pessoas que estão mais próximas de fechar um contrato, ou seja, as pessoas que estão na etapa de consideração da solução, porque essas pessoas já estão buscando um advogado.

Então não faz sentido nenhum você produzir conteúdos em rede social se o seu objetivo é ter clientes o mais rápido possível, porque esse tipo de estratégia é indicado para atrair pessoas que estão em aprendizado e descoberta e reconhecimento do problema. 

E normalmente quando desenvolvemos estratégias para essas etapas, estamos desenvolvendo estratégias de longo prazo, porque essas pessoas provavelmente ainda estão longe de procurar um advogado. 

Veja que para cada objetivo você deve focar em uma etapa diferente da jornada? Caso contrário todo o seu esforço não vai trazer resultado algum.

Gostou do conteúdo? Se você tem alguma dúvida ou um tema para sugerir, deixe nos comentários, porque a sua opinião é muito importante para nós.

Escrito por

Vitor Garcia

Especialista em Marketing Jurídico Digital

Graduado em Tecnologia em Produção Multimídia. Atuou como professor de Design pelo SENAC-MS e é consultor de Inovação e Marketing Digital pelo mesmo. Paralelamente, auxiliou empresas de diversos segmentos e localidades a expandirem através dos meios digitais. Certificado pelo Google, foca atualmente em auxiliar Advogados a vencerem a concorrência através do Marketing Jurídico Digital.