As redes sociais para advogados são uma grande vitrine para quem quer aparecer, criar uma imagem e formar uma rede de pessoas influentes no meio jurídico. Estar nas principais redes também é uma forma de se manter atualizado e de olho no que os demais escritórios estão produzindo.
Facebook, Instagram, Linkedin, Twitter e Youtube são as redes sociais de maior acesso no Brasil atualmente, porém, antes de criar uma conta em casa é necessário pensar qual o objetivo do escritório em cada canal e principalmente qual seu público e como se comunicar com ele. Isso porque cada rede reúne um grupo de pessoas diferente, que deve ser analisado em conformidade com a atuação do profissional.
Por exemplo, se o público do escritório são pessoas de 40 anos ou mais, tradicionais e com pouca interação social, provavelmente eles vão estar no Facebook. Já se o público é composto por pessoas mais novas, provavelmente elas estarão no Instagram. Esse é o primeiro passo para definir em qual rede social o advogado vai investir.
Atenção às Leis
A segunda etapa é saber o que o profissional pode fazer nas redes sociais considerando o Código de Ética da profissão. O uso das redes sociais por advogados não é proibido, mas deve ser feito com discrição e cautela, sempre com o intuito de informar e nunca de vender os serviços oferecidos.
O Código de Ética do Advogado, no artigo 5º, impede ações mercantilistas para exercício da profissão, ou seja, proíbe divulgação exclusiva de venda. O objetivo é manter a qualidade do serviço oferecido, evitando a concorrência aberta de preços, que além de derrubar a remuneração, banaliza a profissão e sobrecarrega advogados.
A Ordem dos Advogados do Brasil acredita que com essa restrição protege não só a profissão, como também os advogados da prática equivocada de ações que comprometam sua imagem profissional. Mas entendendo que o tema é de grande interesse da classe, a OAB abriu recentemente uma consulta pública sobre a publicidade da advocacia.
O intuito da consulta que ouviu profissionais de todo o país é a atualização do Provimento 94/2000 e o Código de Ética e Disciplina que tratam do tema. Atualmente a produção de conteúdo nas redes sociais por advogados deve ter caráter apenas informativo, sendo totalmente proibido divulgação focada na venda.
Desenvolva Objetivos Para Estar Nessas Redes Sociais
Já sabemos quais são as principais rede sociais, mas cada uma tem características específicas e que devem ser consideradas. Pouco popular, mas de grande relevância profissional, o Linkedin é a rede social para quem quer fazer networking. Diferente das demais onde o foco é mais voltado para o social, o conteúdo no Linkedin gira em volta do mundo corporativo.
Essa é a melhor rede social para advogados, já que nela é possível fazer postagens sobre assuntos pertinentes à profissão, publicar artigos e principalmente estreitar relacionamento com personalidades influentes em seu meio. A comunicação é direta e altamente eficiente, exigindo, claro, bom senso.
O Instagram é a rede social do momento, criada em sua origem para a valorização de imagens e descontração, o conteúdo foi se alterando com o passar do tempo e hoje é plataforma para todos os tipos de negócios. A linguagem é leve, jovem e objetiva, e o perfil profissional deve seguir essa tendência, sem esquecer da interação e visualização por meio dos stories, que são um grande ganho do canal.
O Facebook é a plataforma com maior número de usuários ativos no mundo, mas está em declínio no Brasil. Apesar disso, dependendo de quem for seu público, certamente ele estará no Facebook e pode ser um potencial cliente. Esquecido por muitos, o Twitter se mantém como uma rede importante para atualização em tempo real, com comunicação rápida e em 280 caracteres.
Youtube
Em alta, o Youtube tem agregado muitos públicos, mas com conteúdo dinâmico e altamente relevante. Nesta plataforma é possível comentar temas atuais com simplicidade e muita informação, além de interagir com o público e agregar seguidores. É importante que o advogado escolha uma linguagem que se adeque a rede e aos espectadores e leve comentários pertinentes, que agreguem realmente ao conhecimento de quem assiste.
O Que Devo Saber Para Começar?
Depois de escolher em qual rede social o advogado vai atuar, é necessário criar um perfil profissional. Manter o perfil pessoal para falar de trabalho é um erro comum e que ao invés de ajudar, pode danificar a imagem do advogado com conteúdo impróprio. Além disso, o perfil profissional deve ter seguidores engajados com o tema e não reunir apenas amigos e familiares. As plataformas também oferecem opções de métricas para contas comerciais, que não estão disponíveis para as pessoais.
A área de atuação do escritório deve ser o principal conteúdo das redes sociais para o advogado. Tirar dúvidas, falar de assuntos de grande interesse e relevantes são as apostas para a produção das postagens. O advogado é uma fonte de informação responsável e deve se posicionar como tal nas redes sociais, evitando mensagens com opinião e juízo de valor.
Bom senso é a palavra-chave. A linguagem, ortografia, postura, timing e temas são itens a serem avaliados pelo profissional que está construindo sua imagem através de vínculos de confiança para com sua nova rede de relacionamento. A frequência das postagens também deve ser leva em consideração, para que seu perfil não canse e nem seja esquecido pelo público.
O grande objetivo das redes sociais para advogados é criar engajamento, ou seja, pessoas que te seguem e interagem com você por aquele canal. Quando a relação transpõe a barreira do digital e passa a ser pessoal, grandes são as chances de um seguidor se transformar em um cliente.